quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O futuro das religiões

Fonte: Genizah



Johnny Bernardo
Há um processo em desenvolvimento, uma nítida adaptação religiosa, secular. Vivenciamos um período em que tudo passa rapidamente, como a tecnologia e a própria religião. Nada é exatamente estático, intocável, imutável. Os recentes pronunciamentos do papa Francisco, em que dá sinais de uma possível mudança ou inclinação à Pós-modernidade, por parte da Igreja Católica é um claro sinal de que as religiões passam por um processo de mutação, de conformação com a sociedade. O Estado pontifício não mais detém o mesmo poder do período medieval, ou mesmo da Idade Moderna, a exemplo do que ocorre em um pequeno país, menor da América do Sul, chamado Uruguai.
O Uruguai, oficialmente chamado de Republica Oriental do Uruguai, possuí uma população de 3,5 milhões de pessoas, das quais 1,5 milhões vivem em Montevidéu e região metropolitana. Mas o que há de especial em um país cuja população é quase quatro vezes menor do que a do município de São Paulo? A resposta está no fato de que o Uruguai possui uma das políticas mais liberais do continente. Apesar de contar com 47% de católicos a Republica do presidente e ex-guerrilheiro Mujica, possui um histórico de processos liberais, como a aprovação do divórcio (1907), o voto feminino (1927), o aborto com até 12 semanas de gestação (2012), o casamento homoafetivo e a legalização do uso da maconha (2013). A eutanásia também é uma pauta a ser discutida.
Não obstante a presença de diversas religiões no País, o laicismo é um tema levado a sério. Há restrições ao ensino religioso (foi regulamentado há mais de um século); são proibidos símbolos religiosos em hospitais e demais repartições públicas; não há capelães nas Forças Armadas; o casamento religioso não é reconhecido pelo Estado; não há feriados religiosos e o Dia de Reis é chamado de Dia das Crianças e o Natal é conhecido como o Dia da Família. Apesar de reconhecidamente laicos, os Estados Unidos e o Brasil ainda possuem resquícios da influência religiosa, como a presença de crucifixos em tribunais, câmaras e assembleias legislativas. Há de se acrescentar o fato de que as discussões políticas também são influenciadas pela religião.
O Uruguai é, portanto, um exemplo de pais cuja política supervaloriza o secular, o laico, em detrimento ao religioso. Não é a fé propriamente o foco do governo, mas a laicidade do Estado, das instituições públicas. A religião, por outro lado, tende a ceder às tendências sociais, como o verificado em algumas igrejas protestantes históricas (nos Estados Unidos e na Europa ocidental), como na Igreja Metodista, Presbiteriana, Anglicana. No Brasil, a ordenação das duas primeiras evangelistas pela Assembleia de Deus Madureira também é um indício de que mesmo as correntes mais conservadoras, pentecostais, são susceptíveis à dinâmica mundial, motivada por políticas de inclusão da mulher. São casos diferentes, mas que refletem uma tendência mundial.
Aos poucos as religiões irão se adaptar à sociedade, seja por força do Estado, por estatísticas sociais, ou mesmo por reinterpretações de sua doutrina ou filosofia. A Igreja Católica é um exemplo de que deverá, de fato, ceder as políticas internacionais relacionadas à legalização do aborto, do casamento ou união homoafetiva. Mesmo às religiões mais fechadas, dogmáticas, passam por um processo de adaptação, de mudança. O desmantelamento das repúblicas islâmicas, a aproximação de algumas com os EUA, a ocidentalização do Oriente e mesmo as divergências doutrinárias características das correntes islâmicas, seguem uma tendência universal de mudança, que resultará em readaptação e em uma maior abertura ao Ocidente. No extremo oriente, a Coreia do Sul e o Japão são outros exemplos de ocidentalização, nos costumes e também na religião.



Johnny Bernardo é jornalista, pesquisador da religiosidade brasileira e colaborador do Genizah 

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Por que entrei na Veja. E por que saí


O texto abaixo é mais um desses achados da Internet. Foi compartilhado por uma amiga de Facebook - que, aliás, foi minha professora na faculdade. Li, adorei e resolvi compartilhá-lo aqui neste espaço. Maravilhoso texto! Deliciem-se... ; )

(Brenda Starr, repórter da HQ de Dale Messick)
No final de 1997, após minha aventura espanhola –economizei um dinheirinho e fui estudar Literatura Espanhola e Hispanoamericana em Madri–, voltei ao Brasil para morar em São Paulo. Desempregada, fui convidada por uma grande amiga a fazer um frila para a revista Marie Claire, onde ela era editora: uma entrevista com o pré-candidato a presidente Ciro Gomes que acabou sendo um dos mais marcantes trabalhos da minha carreira. Ciro abriu a alma, talvez mais do que gostaria, e a matéria de uma revista feminina surpreendentemente repercutiu em todos os jornais.
O sucesso foi tão grande que aquela entrevista, publicada na edição de janeiro do ano seguinte, foi a responsável por minha reinserção no mercado brasileiro após dois anos fora. Fui sondada por alguns veículos e acabei sendo convidada para voltar à Folha de S.Paulo, onde havia trabalhado na sucursal de Brasília, para ocupar uma vaga na editoria de Cotidiano. Meses depois, mudei para a Ilustrada, que almejava quando fui para a Espanha. (Qualquer hora tiro um tempinho para digitar a entrevista com o Ciro e postar aqui para vocês. É muito divertida.)
Sete anos mais tarde, em maio de 2004, eu estava havia apenas três meses trabalhando no Estadão quando a mesma querida amiga me procurou para fazer um convite: iria assumir a editoria de Brasil da revista Veja e queria que eu fosse para lá fazer coisas bacanas, reportagens especiais, entrevistas. “Quem você gostaria de entrevistar?”, ela perguntou. Respondi que sempre quis entrevistar Diego Maradona sobre política. Até hoje acho que seria uma entrevista e tanto. Ela ficou entusiasmada e eu também. Mas e hard news?, perguntei. Este nunca foi meu forte. “Ah, você vai ter que fazer, mas ocasionalmente”. Pensei uns dias e topei. Lembro que até comprei, num sebo de São Paulo, um livro de Oriana Falacci, a grande entrevistadora italiana, para me inspirar…
Costumo dizer que existem dois tipos de repórteres: os que têm boas fontes e apuram muito, mas têm um texto apenas razoável, e os que não têm tantas fontes nem são incríveis apuradores, mas escrevem bem. Eu não tenho fonte nenhuma e apuro o suficiente; o texto é o diferencial. Portanto, o primeiro choque para mim após a estreia na Veja foi que a alentada matéria de capa sobre corrupção que eu e dois colegas apuramos não foi escrita por nós. Eu escrevi o texto inteirinho. E ele foi inteirinho modificado para publicação. Obviamente não recebi aquilo de bom grado, mas uma colega que estava lá há mais tempo me acalmou dizendo que logo eu “pegaria o jeito” para escrever no estilo da revista e não mexeriam tanto no texto.
Bom, hoje sei que nunca iria “pegar o jeito” de escrever da Veja porque, para começo de conversa, não é o meu. Meus textos em geral têm bastante aspas, adoro colocar frases boas de entrevistados e especialistas para dar um colorido. Na Veja, podem reparar, os textos quase não têm aspas, é tudo assumido pelo redator. Além disso, tem uns clichês do tipo “os números impressionam” que eu não conseguiria incluir num texto meu nem que trabalhasse lá durante 100 anos.
Vi, de cara, que tinha entrado numa enrascada, que só piorou quando me destacaram para cobrir a campanha de Marta Suplicy à reeleição em São Paulo. Não havia ninguém no PT que aceitasse falar com a Veja. As fontes das reportagens tinham que ser pessoas, mesmo dentro do partido, de oposição à prefeita. Eu fazia a apuração possível, mas absolutamente nenhum daqueles textos foi escrito por mim. Àquela altura, eu só pensava num jeito de sair da Veja sem ficar desempregada –afinal, eu acabara de entrar no Estadão quando decidi ir para lá. E tinha um filho para criar, não sou nenhuma filhinha-de-papai para me dar ao luxo de ficar sem trabalhar.
Para driblar as dificuldades, minha amiga e chefe escalou outra repórter para trabalhar em parceria comigo: eu fazia a apuração pelo lado petista a partir de uma pauta sugerida por mim e ela redigia o texto e apurava o lado do PSDB, incluindo os obrigatórios elogios ao tucanato, como na reportagem dos políticos “picolés de chuchu”. Quem acompanha meu trabalho há mais tempo sabe que essa é uma pauta tipicamente minha, para tirar sarro de políticos. Foi transformada por Veja em uma peça de bajulação a Geraldo Alckmin –reparem que a reportagem em questão é assinada em dupla com outra pessoa, assim como várias outras do meu curto período na revista.
Algumas alterações foram menos dramáticas: o perfil do advogado Kakay, apesar de nenhuma frase do texto ter sido escrita por mim, pelo menos manteve-se fiel ao que apurei, não tem nada do que me envergonhe ali. A hilária história do “embargo auricular” foi descoberta minha, e já foi citada em vários perfis dele depois. Mas o único texto integralmente meu, desde o título, é a ótima entrevista que fiz com a namorada do senador Eduardo Suplicy, Mônica Dallari. Um furo. Sou, antes de tudo, uma repórter. E minha maior especialidade (é a segunda vez que volto a elas neste texto) sempre foram as entrevistas. Tenho um belo portfólio, modéstia à parte: escritores, políticos, atletas, cineastas.
Em revista, mais do que em jornal, pode acontecer de o redator-chefe modificar um pouco seu texto, isso não é incomum. Mas o difícil de tolerar em Veja, para mim, além de eles mexerem no texto todo, eram as torcidas de raciocínio. Certa vez, fui convocada a colaborar em uma reportagem sobre educação e me pediram alguém para falar sobre cotas. Lembrei de um antigo colega da faculdade que era do movimento negro, liguei para ele e peguei uma frase favorável às cotas. Qual não foi a minha surpresa quando a autora do texto simplesmente transformou a frase dele em contrária às cotas! Fiquei furiosa e felizmente, neste caso, consegui reverter. Mas o pior estava por vir.
Quando as discussões com minha chefe começaram a desandar em gritaria na redação, decidi que estava na hora de sair. Escrevi um e-mail para ela dizendo que preferia manter sua amizade e me demiti da revista. Ela aceitou, me pediu um mês para arranjar outra pessoa e saiu de férias. Neste meio tempo, me pediram uma matéria sobre as dívidas que Marta Suplicy deixaria a seu sucessor na prefeitura de São Paulo, que não eram mesmo coisa pequena. Mas no texto aconteceu algo pelo qual nunca passei em mais de 20 anos de carreira: foi incluída uma frase, entre aspas, que não apurei.
Em 14 anos de Folha de S.Paulo, entre indas e vindas, como repórter fixa ou colaboradora, jamais modificaram um texto meu desta maneira. Em seis anos de CartaCapital, muito menos. Em nenhum lugar onde trabalhei aconteceu algo nem sequer parecido. Está lá a frase, no primeiro parágrafo da matéria: “Parece a madrasta de Cinderela”. Não sei quem disse isto. Eu não a ouvi de ninguém, mesmo porque não tenho ascendência italiana nem conheço ninguém em Roma. Quando minha chefe chegou de férias, me encontrou arrasada. Tenho certeza que, se ela estivesse ali, a frase não teria aparecido magicamente no texto. Detalhe: não me importaria de fazer uma reportagem crítica ao PT ou a quem quer que fosse, desde que eu a tivesse escrito –e que fosse verdade. Isso se chama profissionalismo.
Felizmente, almas boas me ajudaram a sair da Veja logo depois das férias coletivas de final de ano, e em fevereiro eu começaria na revista VIP, onde já havia atuado como colunista, no ano anterior. Passei dois anos e meio na VIP, de onde não tenho nenhuma queixa, pelo contrário. Voltei a ter a coluna, fiz matérias engraçadas e algumas entrevistas bobas com bonitonas da capa, mas também com pessoas interessantíssimas, como o cineasta Hector Babenco, o jogador Zico e o produtor musical Nelson Motta, entre outras. (Com o tempo, postarei elas aqui, na seção vintage do blog.) Ironia: enquanto na Veja o que escrevia era trucidado, na VIP uma coluna minha concorreu ao prêmio Abril de 2006 como melhor texto do ano na categoria artigo.
Uma tarde, na VIP, uma das advogadas da editora Abril entrou em contato comigo para me comunicar que Marta Suplicy estava processando a Veja por conta daquela reportagem, e me perguntou quem foi o “jornalista italiano” que me disse a frase. Perguntei se tinha conhecimento de que as matérias da Veja eram mexidas depois de escritas, e ela me disse que sim. Falei, então, que não fora eu quem apurara aquela história e não tinha falado com jornalista italiano algum. Nunca soube o resultado do processo.
Se você me perguntar: mas isso acontece com todos os jornalistas que trabalham na Veja e eles aceitam, são coniventes com essa prática? Não sei, só posso falar por mim. Não sou o tipo de jornalista que coleciona inimigos. Coleciono amigos, essa é minha natureza. Tenho amigos em todos os lugares em que atuei como repórter, inclusive na Veja. Posso dizer que tem vários jornalistas excelentes na revista, por quem tenho apreço genuíno – minha querida amiga, por exemplo. Mas desprezo o veículo onde trabalham. Tenho razões de sobra para isso. Sinto consideração e carinho por todas as redações por onde passei. Respeito a editora Abril. Veja, não.
E sabem o que é pior disso tudo? Nunca entrevistei Maradona.

Manifesto dos jogadores coloca CBF contra a parede


marin
Enfim, o primeiro passo. Um grupo de 75 jogadores resolveu protestar contra o calendário do futebol brasileiro. Uma nota oficial foi publicada hoje questionando o curto intervalo dos jogos, o que prejudicaria o nível técnico das competições e a integridade física dos atletas. Assinam a nota jogadores de grande representatividade, como Rogério Ceni (São Paulo), Alex (Coritiba), Elias (Flamengo), Alexandre Pato (Corinthians), Valdivia (Palmeiras), Zé Roberto (Grêmio) e Júlio Baptista (Cruzeiro).
O grupo agora propõe um encontro com a CBF para discutir mudanças na programação dos jogos do Campeonato Brasileiro (séries A e B). São três principais requisições: (1) adequação ao calendário europeu, com a temporada começando no meio do ano, (2) máximo de 7 partidas a cada 30 dias, e (3) maior período de pré-temporada. Por conta da Copa do Mundo, em 2014, os clubes terão menos que cinco dias de preparação antes do início dos estaduais.
Não há como ignorar a ausência de qualquer participação dos clubes nesse manifesto. Os jogadores não representam os seus empregadores nessa discussão. Trata-se de um movimento totalmente independente, encabeçado por atletas que não precisam se preocupar com possíveis retaliações da mandatária do futebol brasileiro. A lista, em sua maioria, é formada por boleiros em alta ou que já conquistaram a independência financeira.
É fácil entender por que os times ficam de longe do debate. A CBF é credora de boa parte dos clubes, por conta de ajudas financeiras passadas. Ou seja, é totalmente possível concluir que o Flamengo, por exemplo, que teve sua dívida com a entidade renegociada recentemente, não vá bater na porta de José Maria Marin para pedir a mudança do calendário atual. Na outra ponta os milionários contratos de transmissão de TV, que sempre estão entre as maiores receitas dos clubes no ano.
A CBF informou que ainda não recebeu o pedido oficial para o encontro com os jogadores, mas já adiantou que a Copa do Mundo inviabiliza mudanças para 2014. Sem apoio dos clubes, que apenas reagem quando individualmente se sentem prejudicados, os jogadores precisam estabelecer um prazo para esse diálogo. Se nada avançar rapidamente, talvez seja o momento de estudar uma greve geral no futebol brasileiro. Os atletas têm todo o poder nas mãos para exigir mudanças radicais nos modelos de gestão do futebol brasileiro. Basta guardarem as chuteiras por alguns dias, à espera de uma decisão que indique algum sinal de evolução.
Crédito imagem: Ricardo Stuckert / CBF

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Comida (Titãs)

     Eu sou um pouco suspeita para falar sobre esta banda de rock, pois ela uma das minhas preferidas. Lembro-me em minha adolescência como enlouquecia quando tocava suas canções na extinta Rádio Cidade... 
     Já havia pensando em postar a letra desta música antes, mas acabara caindo no esquecimento. Porém, ontem, ouvindo-a em uma rádio, não tive como me conter, aqui está ela! 
     Acho que ela configura muito bem o contexto histórico que estamos vivendo hoje no Brasil. Creio que ela possa agir como um clamor do povo, mostrando seus anseios e perspectivas de vida.

Bebida é água!
Comida é pasto!
Você tem sede de quê?
Você tem fome de quê?
A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída
Para qualquer parte
A gente não quer só comida
A gente quer bebida
Diversão, balé
A gente não quer só comida
A gente quer a vida
Como a vida quer
Bebida é água!
Comida é pasto!
Você tem sede de quê?
Você tem fome de quê?
A gente não quer só comer
A gente quer comer
E quer fazer amor
A gente não quer só comer
A gente quer prazer
Pra aliviar a dor...
A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer dinheiro
E felicidade
A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer inteiro
E não pela metade
Bebida é água!
Comida é pasto!
Você tem sede de quê?
Você tem fome de quê?
A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída
Para qualquer parte
A gente não quer só comida
A gente quer bebida
Diversão, balé
A gente não quer só comida
A gente quer a vida
Como a vida quer...
A gente não quer só comer
A gente quer comer
E quer fazer amor
A gente não quer só comer
A gente quer prazer
Pra aliviar a dor...
A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer dinheiro
E felicidade
A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer inteiro
E não pela metade
Diversão e arte
Para qualquer parte
Diversão, balé
Como a vida quer
Desejo, necessidade, vontade
Necessidade, desejo, eh!
Necessidade, vontade, eh!
Necessidade

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Filho de ateu, religioso é

Fonte: Genizah


Católicos ressaltam que maioria dos filhos de ateus vira crente


PAULO LOPES WEB

Sites e blog católicos americanos estão dando destaque a uma pesquisa que mostra que, diferentemente do que a imprensa divulga, a maior deserção de adeptos não ocorre na Igreja Católica, mas no grupo dos ateus, porque 70% dos filhos deles acabam se convertendo a uma religião. Ou seja, apenas 30% seguem a orientação dos seus pais.

O blog da Arquidiocese da Washington, por exemplo, colocou em manchete: “Você sabia que ateus, como grupo “religioso”, têm a menor taxa de retenção?”

Pelos dados extraídos de uma pesquisa feita pela Pew Forum on Religion & Public Life com 432 pessoas, o grupo dos católicos apresentou o quarto maior índice de retenção de fiéis, com 68%. Em primeiro lugar, ficaram os hindus, como 84%, seguidos por judeus (76%), muçulmanos (76%), gregos da igreja ortodoxa (73%) e mórmons (70%).

Os ateus ficaram em último lugar, abaixo dos holiness (32%), que são seguidores de uma religião criada nos Estados Unidos por um pastor japonês.

Representantes de entidades ateístas não gostaram de se verem comparados com grupos religiosos. Além do mais, segundo Hemant Mehta, presidente da Beyond Belief, trata-se de uma informação requentada, porque, disse, já se sabe que os ateus, como livres-pensadores, não impõem suas “tradições” aos seus filhos.

Ele escreveu em seu blog que os ateus não pensam em termos de “rebanho”. “Nós não temos escolas dominicais e não doutrinamos nossos filhos ‘para o ateísmo’ desde a sua tenra idade”, escreveu. “Nós não temos tradição a seguir, e o ateísmo não está ligado a qualquer tradição cultural.”

O que a maioria dos ateus faz — disse Mehta— é orientar seus filhos para que, quando forem adultos, tomem decisões de acordo com suas convicções e consciência, o que, segundo ele, não ocorre com parte dos filhos dos religiosos.

Estudo publicado no Journal for the Scietific Study of Religion revelou que 1 a cada 5 cientistas ateus tinham levado em 2010 pelo menos uma vez sua família a um culto para ajudar seus filhos a decidirem sobre a crença ou descrença.


Com informação do site da Arquidiocese de Washington e do blog de Hemant Metha

Crentes criam ‘Porta da Frente’ para responder ao ‘Porta dos Fundos’, acredita?




Fonte: Pavablog
Julio Hungria, no Blue Bus
Parece que a galera ñ curtiu muito o ~humor~ dos caras. Vejam alguns comentários:
  • Esse é o tal de amor cristão que existe em vocês ? Apelaram para um video ridiculo desses que vai ser motivo de piada por dias na internet.. Vocês são fracos, preconceituosos, ridiculos ao extremo..
  • Bah me deu vergonha de tão ruim, serio.
  • Interessante é a forma com que eles canalizaram a raiva deles, dedicaram tempo (perdido) para dar uma “respostinha” igual eu dava no ensino fundamental.
  • E pior: uma coisa tosca dessa é produzida com nosso dinheiro. Essa WAP TV é do Feliciano. E ele emprega pessoas como assessores parlamentares, para trabalhar na produtora
O internauta tem razão. Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, um dos sócios da produtora Wap TV Comunicação é Wellington Josoé Faria de Oliveira, o Well Wap. Além de produzir os programas de Feliciano, Oliveira é funcionário do gabinete do deputado em Brasília.
O bagulho ficou ainda + sem graça. Com trocadilho.
dica do Sidnei Carvalho de Souza
P.s.: Pensei em algum texto propício a criação deste vídeo, mas não surgiu nada, sem inspiração! (Por que será, né?) A única coisa que lateja em minha mente é: vergonha alheia.

Chiquinho Scarpa enterrará carro de luxo

     Não viu está notícia por aí? Tá por fora dos babados? Leia aqui um pouco mais sobre esta polêmica.
    Um dos mais famosos playboys do Brasil, Chiquinho Scarpa, revelou esta semana que enterraria um de seus carros, um Bentley Continental,  no jardim de sua mansão - o carro está avaliado em torno de R$ 1 milhão. Veja aqui o vídeo da entrevista concedida por Chiquinho ao Danilo Gentili, no programa Agora é tarde.
     O fato gerou muita polêmica e trouxe os holofotes para o playboy. Porém, havia uma causa além de toda esta excentricidade: a doação de órgãos.
     Olha aqui a estratégia do Conde Scarpa... Não passou de uma trollagem do bem! : )

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Baila comigo!

   





      Pra você que é um pé de valsa incurável e adora mergulhar em novos ritmos, eu tenho uma dica: oficina de danças populares. É isso aí! Se joga no carimbó, meu beim!
   Começa hoje, dia 19 (quinta-feira), lá na UFRJ - Campus Praia Vermelha. Mas corre, pois são pouquíssimas vagas.
      Clique aqui e veja maiores detalhes.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Realmente... vocês são um esculacho!

    Boa noite, queridos! Iria fazer esta postagem ontem, mas a correria do dia a dia me impossibilitou - pensei em escrever à noite, mas desisti da ideia, pois só sairiam hieróglifos.
    É só uma coisinha light pra alegrar a semana de "oces", um desses "achados" da Internet que é I-M-P-O-S-S-Í-V-E-L não compartilhar com outrem.
     Vejam abaixo e se deliciem!




sábado, 14 de setembro de 2013

Preconceito é uma m...

    Preconceito é uma m... maneira de se fechar a muitas possibilidades bacanas que podem surgir em nossas vidas, não acham? É a típica historinha de crianças que se nega experimentar o novo e, como argumentação irrefutável, lança o famoso "porque não!". 
    Porém, todos nós guardamos, mesmo que lá no fundo, esta sementinha do "porque não!". Aquela "torcida" de nariz, aquela carinha de nojo e outras representações externas para demonstrar nosso desprezo a algo.
     Comigo também não foi (é) diferente... Afinal de contas, eu também sou filha de Deus, né? Tempos desses, estávamos andando pelo Centro do Rio, meu esposo e eu, e ele avistou no alto do prédio do CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) a imagem de divulgação da próxima exposição. Ele ficou fascinado e seu fascínio fez com que eu levantasse meus olhos e visualizasse o cartaz... Tratava-se da exposição Cai Guo-Qiang - Da Vincis do povo (peasant da vincis), que tem como principais obras construções um tanto excêntricas de um artista e inventores chineses.  Não acreditei que ele estava maravilhado com um monte de geringonças! Um monte de ferro torcido, gente!

    Deixei os meus achismos só no campo da mente, aquele papo de representação externa de desprezo foi pras cucuias! Não queria arrumar atrito com o amorzinho, né? Não sou boba nem nada! Fiquei só "matutando":
    - Esse homem tá doido! Como gosta de coisa maluca, meu Deus! Se ele quiser, pode vir. Mas vem sozinho.
    O tempo passou, estávamos no Centro do Rio e pumf! "Caímos" no CCBB... mordi minha língua preconceituosa! Não somente fui à exposição, como também adorei-a! Isso mermo, podem rir da minha cara.
    São várias engenhocas engraçadas, mas funcionais. E uma das partes que mais gostei foram as obras feitas com pólvora, genial! O Cai é um conceituado artista, rapá! Cheio de prêmios respeitáveis, com suas obras expostas e conhecidas por boa parte do mundo. Ia entrar em maiores detalhes, mas vou deixar vocês com água na boca e a dica para um programa legal e gratuito! Olha o link com maiores informações sobre a exposição aqui. Só mais uma coisinha: só vai até o próximo dia 23.
    Ainda bem que sempre tem um enviado dos céus para nos tirar do limbo do preconceito, né? ; )

P.s: Ah! Já ia me esquecendo: vá nos horários exatos. Como, por exemplo, às 9, 10, 11, assim por diante. Os funcionários do CCBB ligam as invenções e você pode se deliciar com os "brinquedinhos". : )
    
    

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

I had a dream (eu tive um sonho)


     

       Tenho que confessar um segredo a vocês: sempre quis ser professora. Desde pequena todo o universo docente me seduzia: sala dos professores, as ministrações em sala, a figura do mestre... Tudo!
     O tempo passou, chegou o Ensino Médio e a hora de escolher a profissão que seguiria. Qual foi a carreira que escolhi? Jornalismo. What? É isso mesmo, jornalismo. Mas eu já respondo a vocês esta aparente, ou na verdade, contradição. A esta altura, já sofria aquela famosa "pressão" da sociedade quando mencionava qual era minha decisão, as caras de espanto e pavor se espalhavam ao meu redor. Adolescente e ainda tentando provar algo pra alguém, foquei minha paixão em Literatura e na área de Humanas no Jornalismo, pensava eu:
       - É, as pessoas tem razão... Professor não é valorizado, ganha pouco, é maltratado pelos alunos. Serei jornalista!
     Porém, o destino sempre nos reserva surpresas... Fiz Vestibular para três Universidades distintas e, em cada uma delas, um curso diferente. Só passei em um dos certames... Adivinha para qual curso? Se você respondeu Jornalismo, errou! Bagh!!!!! Letras! Sim, é isso aí! Com habilitação em Licenciatura Plena, meus amores! Não apenas passei para o curso, mas também o frequentei!
     Arrependimentos? Sim, pelo menos um: de ter um dia pensando em me curvar aos padrões da sociedade e desistir desta profissão tão nobre. Foram quatro anos maravilhosos, cheios de aprendizado – não somente no campo intelectual, mas no social também – e em que me alegro muito por ter sido escolhida pelas Letras, pois foi isso o que aconteceu! Quis fugir, mas ela me fisgou! J
    Esse texto não é apenas uma declaração (confissão), mas veio à minha mente em meio a uma conjuntura nebulosa que a educação vive. As Redes de Educação Estadual e Municipal do Rio de Janeiro estão em greve, ou melhor, agora só a Estadual, pois o município suspendeu sua greve em Assembleia ontem.
   Tenho participado de alguns atos da Rede Estadual, meu esposo faz parte dela e, como educadora, acho importante um posicionamento de minha parte. Quero deixar claro que não estou atuando, mas minha alma é de professora!
   Em meio à Assembleias, manifestações e outros, meu coração “queima” e fico divagando mentalmente como pode uma classe nobre – desculpe a repetição do vocábulo, mas não consigo empregar outro adjetivo a esta honrosa ocupação – ser tão preterida! No último dia 4, enfrentamos chuva, vento e fome, mas parece que grande parcela da população está aquém de tudo isso! De quem é culpa para este descaso? Não consigo achar uma resposta... Fico perplexa com a postura de nossos governantes e de alguns que deveriam estar ao nosso lado em prol de melhorias para a educação. Será que eles não veem? Parece clichê ou uma daquelas frases de para-choques de caminhão, mas a solução é a Educação! (que rima pobre, meu Deus! Mas acredito que Ele me perdoará por isso...).
    Hoje, teremos mais uma Assembleia do Estado, estou ansiosa para saber que rumos serão tomados. Espero que nossos companheiros alcancem avanços e que possam voltar às aulas o mais rápido possível. Ah! Eu tenho um sonho: que meus filhos tenham orgulho de seus pais professores!